21 de dez. de 2008

YOU'RE MY PLAYGROUND, LOVE

I wouldn't hurt you like that, no...
sim left me alone, hurts so bad...

" 'Solitária exilada sem destino'
e por que, mesmo após os meses de
agonia
tudo continua embaçado e difícil de se
distinguir?
É mentira que somos o meio em que
vivemos,
se é que alguém já disse tal coisa...
é possível, sim, que vivas em ares
inspiradores e libertadores
e que, mesmo assim, te sintas completamente fora de órbita.
Não me atrevo a discutir os motivos
sejam eles naturais, psicológicos ou
hereditários;
...queria que fossem psicológicos
queria que o diagnóstico fosse
preocupante,
assim, teria certeza de que era "apenas"
patologia...
e não simples impulsividade e inquietação,
saudade e remorso de não sei o quê.
tenho saudades do que não disse.
do que deixei de dizer
só para ver se o tempo melhorava... "

19 de dez. de 2008

Ode a um dia de verão

queria te dizer que você é um perdedor, saukerl

e mesmo a distância não me fará esquecer disso
sonhos, os idealize. caminhos, os construa.
nada se concretizará.
porque você não passa de um miserável
e todas as cidades e florestas gritam isso
dias agradáveis de sol virão,
tardes mornas e mansas
noites que fluem e voam como mágica
e tudo parecerá curar as tuas máculas,
as malditas e pérfidas bocas que te cercam
que te assombram por sobre os tetos e muros
mas basta fechar os olhos
recolher as pontes e ductos que levam
ao mais íntimo recanto
da tua frágil alma de verme
que verás...
que não há nada de manipulado
farsas, armadilhas ou planos fatídicos
é apenas a estúpida e áspera verdade
que enferruja e contamina o ambiente
onde tudo e todos sabem:
você é apenas um perdedor, saukerl.

16 de dez. de 2008

"Que tal um beijo, Saumensch?"

auto-depreciação...acho que é uma arte...

tudo é arrependimento e mágoa neste mundo dos comuns...usual e objetivo universo...os teus pensamentos evoluem no silêncio, por entre as cinzas das tuas ruínas mas lá fora eles apodrecem e exalam um odor fétido, o odor de carne morta e primitiva...crua sensibilidade se enferruja sob olhos primários e almas que vampirizam o novo...

9 de dez. de 2008

I'm the killer of my own days...

Meu doido coração aonde vais,

No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!

Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...

Florbela Espanca...

21 de nov. de 2008

Aquele Que Passa

O desconhecido que passa

e te acha ainda digna de uma fugidia palavra de desejo,
Talvez porque na sombra da noite tão doce de Maio
Ainda resplendem teus olhos,
ainda tem vinte anos a ligeira figura deslizante,
Não sabe que foste amada, por aquele que amaste amada,
em plena e soberba delícia de amor,
E em ti não há membro nem ponta de carne ou átomo de alma
que não tenha uma marca de amor.

Que tu viveste apenas para amar aquele que te amava,
E nem que quisesses
podias arrancar de ti essa veste que o amor teceu.
Ele, ignaro,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
saúda a graça do deus:
Respira, passando,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
o aroma precioso do deus:

Só porque o levas contigo,
doce relíquia à sombra de um sacrário.

Ada Negri

31 de out. de 2008

súplica

Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor, meu bem



O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver, devolva-me...



Deixe-me sozinho
Porque assim eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz

13 de jul. de 2008

Bal Des Pendues

Sem embargo, brevemente aquele outro Sol brilhará sobre tua cabeça novamente.


Pisarás em terra gloriosa...

Terreno Modelo.

Onde os ossos e almas que repousam sob teus pés irão saudar e cantarolar cantigas nativas...Tão naturais quanto folhas secas se arrastando pelo córrego escusado ou...como as árvores feridas que embalam o sono de verão das pequenas mãos, olhos e sonhos dos infantes [...]

Por mais que adormeças dentro de mim, continuarás sendo campo lindo de frutas e amores cabalísticos...Troncos pueris e lépidos enfeitando livremente as frontes amorosas...

Adeus, prado dos olvidos, é em ti que os doloridos podem sentar-se e mirar para o céu...e em um surdo momento de epifania, perceber que ainda há um horizonte se pondo ao leste, leste que levará ao teu mais íntimo jardim...

Dorme, que o teto de palha é leve
e leve são teus sonhos de algodão brando...

2 de jul. de 2008

Embriaguem-se

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.


E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".

Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire

25 de jun. de 2008

All She Wants Is Gold And Silver

A vertigem é guiada por sentidos fracos e por um corpo em frenesi anêmico...Tens vontade arrebatadora de escancarar as falsas virtudes alheias...


Como tudo não seria mais benevolente se nos refugiássemos em um cosmo interior...com versos e flores nativas de nossa própria gênese...

Lágrimas e sangue não são exatamente a mesma coisa para todos...

24 de jun. de 2008

O Sangue De Um Poeta

Talvez a intimidade estrague o que era supostamente encantado...é uma espécie de antídoto contra a idealização natural de almas estranhas...que é um veneno...


Sombras em espirais cobrem com um manto esverdeado e ganancioso a sua mente...e de que adianta escrever? patética existência...não ousa viver ou sentir o espaço ao redor

Escrituras são apenas lembranças tristes de tempos mórbidos e com um fogo abrasador...

Há a pueril tentativa de iniciar, iniciar aquilo que há muito vem queimando por dentro (gritando e rasgando de uma maneira febril, para que a tragamos para fora...), mas ao ver outros deslizando por entre hologramas belos e vitrais inspiradores, todo o estímulo e vontade se esvai como força-vida, pelo chão, pelos córregos e sarjetas mundanas da essência homo sapiens...

É uma tradição horrenda...a espera afoita e idealizada por outra alma (mais do que a sua, que supostamente completará a sua) tão generosa e suave quanto a de nossos sonhos...que paira em estradas ermas e néscias...Ó dúvida cruel! Irás, algum bendito dia encontrar teu pequeno doce pedaço de nada? Para que nele te agarres com tanta fúria, como uma sanguessuga à carne...

Foi o bastante?

15 de jun. de 2008

This Bride Of Scars...

É interessante como nos apegamos às mais bizarras formas de obsessão...não é comum encontrar uma alma deslumbrada por olhares passados...a graça que havia em ser tão comum....Enquanto hoje, morremos mil vezes tentando ser comum e não conseguimos ressuscitar do período de opulenta estranheza.


Havia de ter sido de outra forma...viverias em um tempo onde a arte não necessitava desesperadamente de palavras...apenas olhares expressivos e enigmáticos transferiam a alma da mais final flor até os olhos do espectador...e a música era uma espécie de mediadora nessa relação...

Ah, poderias ter tido o olhar revoltoso de Clara Bow...ou a face amorosa de Bebe Daniels...

Mas não, foste surgir (cair) em uma era onde tudo é leviandade de espírito...os pecados não mais são coloridos...tudo é colorido (e disso já não se distingue mais o pecado)

Ah, vaidade das vaidades...Tudo é vaidade e aflição de espírito...

13 de jun. de 2008

Comment Te Dire Adieu...?

Um drama momentâneo um tanto shakespereano...que serviria de alento para a matinê de almas ocasionalmente sádicas ou até mesmo desocupadas...cobiçosas por um brando minuto de auto-flagelação alheia...


É fascinante como a dança de uma vida de amizade se desfolha quando posta contra a parede por um punhado de simplórias palavras...malditas palavras...por que serão tão reais e tão docemente destruidoras?

É de se esperar que sua alma de origem dramática e velhaca despicasse, finalmente...

A injustiça te faz curvar como um súdito a um rei...és alma inocente de virtudes poucas...o que fazer diante da incredulidade de almas graciosas? curvar-nos ao seu regaço santo...Merecem mais do que teus rins pateticamente misantrópicos...

Vais vivendo como um saltimbanco...despertas sentimentos inanimados mas não consegues ficar...motivos fatídicos ou forças maiores te empurram para longe...

24 de mai. de 2008

On A Fait Le Monde Ainsi...

Conjeturando sobre o que escrever e até mesmo sobre a própria vacuidade de pensamentos, cheguei a conclusão de que o melhor sempre é improvisar...


Supostamente devemos interrogar o espectro dentro de nós...o que andas fazendo? em quais dimensões estás perdido hoje? por quais almas te apaixonaste ultimamente?

E a verdade é que, sempre algo útil acaba se revelando...Mas que otimismo descarado...

Nada mais flui pelas redondezas, a não ser canções de um outro tempo, que falam sobre casas sombrias...cicatrizes eternas...e a infernal mentira que é o amor...

Aliás, por falar em amor...

Apenas uma tarde passada dentro de um quarto alugado simplesmente arruina toda e qualquer imagem que o amor se esforçou tanto em preservar por todos esses anos...

Entendo as exceções, a instabilidade do sangue novo...as pulsações proeminentes...mas, seja do jeito que for, (e foi) aquilo foi vulgar...no mínimo medíocre se deixar esvair, a própria essência, por entre mãos vis e ordinárias...Mas não há como dizê-lo...atreve-se a desfolhar-lhe o mais terno sonho de verão?

É incrível como todas as portas e portões divinos se fecham quando tentas escrever...o quão entendiante será isso?

Nós fizemos o mundo assim...

"Non, non, il n'est point d'âme un peu bien située,
Qui veuille d'une estime ainsi prostituée"

- Jean Molière -

(Não, não, não existe alma bem situada,
Que queira uma estima assim prostituída)

Tr'ra, love...

14 de mai. de 2008

Leaves Of Grass

"O me, O life...of the questions of these recurring
Of the endless trains of the faithless
Of cities fill'd with the foolish [...]
What good amid these...O me, O life?

Answer...
That you are here—that life exists, and identity;
That the powerful play goes on, and you will contribute a verse..."


(W. Whitman)

9 de mai. de 2008

Je t'aime, Blandine

É, no mínimo vulgar, desmerecer os atributos de uma alma nobre...


Estupefatos a mirar teus olhos viçosos;
És mais do que uma simples alma de quimeras que,
Jovem; não vê suas próprias correntes e, tenta partir, em vão...

Vieste revestida por dolentes anjos;
Nada de sublime se via em ti;
Apenas não percebiam como eras uma flor mimosa;
Florescendo entre os raminhos

Tez altiva, vais bordando as palavras;
Tira-as de teu coração;
E as costura em panos de dor
Amargo fel natural de criaturas mundanas;

És uma poesia de glória
És gesto de louvor
O que seria feita desta voz enferma?
Quando perto da tua, soa como um eco solitário e distante...

Inefável ninho de doçura
Oração fervorosa dos crentes
És o próprio espelho onde;
Saudade e amor se encontram aprisionados

É desesperador ver-te fragilizada por falsas almas
Quando derrama sobre todas estas fraudes
A graça mais superior...O suspiro mais cósmico...
És apenas pequena demais para ver
A pura arte que carrega em teu santo regaço

És fonte profunda, onde os sentimentos vão...
Se depositam por entre espaços dolorosos e permanecem
Até derramares rústicas lágrimas;
Que te encerram o âmago em ermos calabouços
Onde só habitam seres baldios e ocos...

Não há, no mundo, símbolos que expressem,
toda a dádiva graciosa que expiras,
papéis vulgares não dirão quem tu és

Então, apenas espere...
Pois, digo-te, tua alma há de florescer sempre mais
É uma poesia eterna que eleva
Rudes almas...
Tens o mundo em teu bolso e não o contrário, como pensas...
Dorme...

Je t'aime, Blandine...

4 de mai. de 2008

Panta Rhei

Se ele já me despontou? Não há como saber...Mas, deveria haver algum pensamento que enchesse de plenitude a ego-vacuidade do ser...Uma máxima que não fosse contestada...


É claro que, há todas as almas modernas que resolvem interferir e acabam dizendo: "...Ele não lhe deve nada...por que deveria ele estar receioso de lhe desapontar? A vida e brios não pertencem a ninguém senão ao próprio..."

Outras, cedendo ao toque místico professam: "...Devo, deveras, aceitar minha natureza possessiva e áspera e, lhe digo, não lhe dê muito espaço para que se sinta livre e aberto à toda a imensidão de almas alheias...Deves cercá-lo de mimos e amores para que não fuja e, desobedecendo aos aforismos de parábolas medíocres, prenda-o ao mais fundo poço intrínseco de sua alma...digo-lhe que não há de querer passar por tal escuridão em troca de liberdade descuidada..."

E eu, de alma simplória e nada geniosa, tendo a simplesmente sentar, sob as sombras inefáveis do amor, dono de forças nada menos inefáveis, com o dom da absolvição...o perdão humano...almas deitadas ao leito da morte, são perdoadas na amarga terra que envenenaram...

Sinto-me no papel de ignorar o apático futuro...e reviver...os dias de uma luz tão mansa...
[Do passado vivem folhas errôneas, almas de jovens velhos que bebem ainda da nostalgia néscia...]

Contrariando a vertigem delireante de poetas e amantes, digo que, o passado sempre vem e o futuro é apenas uma criatura mesquinha e velhaca, que, sem demasiada mesura, nos assassina a alegria cristalina e o viço da mocidade...Ah, dias mimosos de imprudência...tardes claras de melodias bruxuleantes...voltem à esta criança, que envelheceu de repente...

E...sim, já me desapontou...

25 de abr. de 2008

Casa De Orates...

Te sentes superficial? Apenas dê uma olhada a sua volta...


Ouvi, alguma vez, alguém dizer que; aos 13 anos de idade você não consegue entender Machado de Assis...

Por que não aceitas o resignado papel de alma comum...pregada à cruz da vulgaridade...

Alma de plástico, não despertas interesse algum em energias sublimes...pergunta-te se o vento quer tocá-la? poderia o chão mais imaculado atrever-se a tocar-te a pele...coberta por perfídia...





Inocência...
Desfaz-se como carrossel de almas à ventania
Comparo-a às flores, tal qual sua alvura e beleza original
Pena...são facilmente desfolhadas por mãos vis...
Mãos de dedos longos e finos, que recordam corações ambiciosos
Selvagens em emoções e que, por nada, poupariam o segredo da inocência
[...]

"Saber seria fatal.
Na incerteza é que está o encanto.
O nevoeiro dá às coisas aspectos maravilhosos."

(Oscar Wilde)

20 de abr. de 2008

Les Feuilles Mortes...

Novamente encenando monólogos vazios em um palco com folhas mortas...onde as almas vulgares não se distinguem das petrificadas pela dor...porque as palavras não tem peso...nem os espíritos de auras leves que as suspiram em nossos ouvidos...


Às vezes há o medo de soar um tanto complicado demais para as outras pessoas...não porque você seja um engenho superiormente concebido ou instrumento de eruditas mãos, mas porque simplesmente não existem seres capazes de compreender...Além do sentido clichê da palavra, realmente não compreendem como em um mundo de tantos charmes e mimos, possa existir uma alma dolorida e que não mereça esses deleites mundanos tão vulgarmente oferecidos...

Jimmy...por que foste tão cedo? Eras a estrela cadente, tão rara e cheia de fulgor...

13 de abr. de 2008

Bring Me The Head Of The Preacher Man

Você fica indefeso e flagelado diante da grande comédia...o espetáculo masoquista que se instala a cada tarde e se intensifica a cada hora...

Falando mais explicitamente, vocês não ficam indignados com a bundalização, a mediocridade e falta de qualquer outra coisa da programação da tv aberta no Brasil?
Nâo há pra onde correr, ou você ouve besteiras sobre "verdade ou mentira" de pessoas interesantíssimas ou ouve música sem nexo...que está ali, talvez só pra enfeitiçar as mentes mais fracas e provocar nojo nas almas que talvez estejam a salvo.
É claro que não vai mudar tão cedo, seria difícil chegar a um consenso, quando a maioria esmagadora da população aprecia o freak show diário. Talvez um pouco de cultura seja mais útil na vida de todos.
Eu realmente não quero parecer moralista, mas, como alguém que tenha um pouco de compaixão pode assistir a um programa de humor na televisão brasileira...são raros os que se salvam...
Pra ter uma idéia da situação, é só saber que, na Inglaterra, um concerto de música clássica em plena tarde dá a mesma audiência do que o BBB no Brasil.
Não é querer rebaixar o país nem nada, mas só pra mostrar o contraste das culturas...são, obviamente culturas super diferentes e é assim que deve ser, de alguma forma. Mas, será que, a nossa cultura é simplesmente sentar num sofá e ficar entorpecidos com a infinita quantidade de besteiras que nos são apresentadas? será a cultura brasileira simplesmente assistir a novelas, BBB e programas que desrespeitam a mulher da maneira mais machista e vil possível?

Foi só um pensamento...

10 de abr. de 2008

...Até Deixar de Ser Poesia...

Então, ao som de "Long Live Love" (e uma certa novela mexicana) nós continuamos a fantástica jornada através de sentmentos ininteligíveis...Não dá pra ser mais clara?


O que vem acontecendo em sua vida? mmm, boa pergunta. Nada que valha a pena ser comentado...é claro que o futuro é incerto (e o fim está sempre perto ^^) mas ter certeza de que tudo vai mudar completamente é um tanto alarmante.

Juro...continuo adorando almas alheias sem ter a mínima ligação com elas...uma paga-pau pro's mais chegados, sabe...

Eu leio alguns blogs e nenhum parece tratar de assuntos (assuntos?) tão bizarros quanto este...Mas sempre foi assim, eu simplesmente não consigo coordenar frases contínuas, temas constantes...eles escapam...é sorte o bastante eu conseguir fazer uma redação...talvez seja só a força da obrigação...

E só quando você escreve você vê o quanto a sua cabeça é vazia...pois não deveria estar...nem ser.

Isso é só medo de jogar todos os seus livros ao fogo...tantas folhas e tantas melodias lembradas vagamente...você não deveria acreditar em nada, a não ser você mesmo. Como eu já estou em um estado avançado, medidas urgentes seriam úteis.

É o medo de se deixar solto, só de pensar que talvez todo esse falso intelecto seja apenas a cópia, a vontade de imitar a alma cristalina de poetas...traz medo.

É sério, alarmante, eu preciso, por mais que seja impossível a uma pisciana nata, pôr os pés no chão e apenas admirar e não adorar...não perder-se dentro de outras almas...É tão difícil simplesmente ficar em um lugar só...você incorpora inúmeros climas, inúmeros estados de espírito, por favor, me diga que você também se sente assim.

Eu não sei como reagir aos sentimentos "expostos" das pessoas...Eu não sei a quem atribuir a verdade, a justiça sólida...

Inseguranças...que só deixariam algumas almas ainda mais introvertidas...e encheriam de asco a outras...
Não há como escapar desse ser entediante...como deve ser aliviante atuar...

A atuação amadora não passa de uma recreação...um bem necessário, "dar um tempo" longe das prórias mágoas velhas e dos mesmos choros tediosos...

Não há como só ficar em uma bolha de pensamentos próprios, de algum modo, pensamentos de almas mais belas sempre serão mais fortes que a matéria, eles vão penetrar e vão nos arrancar da mediocridade, mesmo que seja só por um instante, mesmo que o preço seja mais alto do que você possa pagar...este não sou eu, sem dúvidas...não é a mesma carne, não são as mesmas feridas...por onde andas, querido nada?

"Afasta-o da felicidade por algum tempo...
Deixe-o suspirar de dor neste mundo cruel..."

9 de mar. de 2008

muss i denn zum Staedtele hinaus?

Por que ser azeda?


Eu sei que há gente esperando...talvez por uma chance, por uma palavra fatídica, pelo menos?

Realmente, é difícil só "ler um livro"...Há todo um ambiente, um cosmo especifico que há de se formar antes de alguém mergulhar na mente de pessoas alheias...

Mentes avulsas...

Não vem nada porque...certas imagens se tornam mais fortes do que a realidade...

E isso só traz mais à tona a verdade de que você é o estranho...

...Se fosse só eu...

E agora? Como fazer as suas pernas se moverem daquele campo? Esses são os seus verdadeiros sentimentos? Onde está a sua verdadeira face...tão timidamente oculta? A cada minuto só se renova...Apenas quatro palavras e a alma mais mal batizada do universo se desvai em sangue cristão...

Não do modo ortodoxo...do modo mais romântico mesmo...Mas, quem diria que eles te veriam como uma ameaça insignificante? Paradoxos pueris

Mas , será que eu...sou a única a enxergar a grandiosidade das melodias? E como elas borram todo o contexto da dor e angústia que se forma ao redor...É algo tão simples...

Ah, o vento...tu és daqueles que querem suavizar a dor natural das almas...pelo fato de existirem...amenizar o efeito selvagem das boninas

Se eu ao menos soubessem quem elas são...

E isso vale literalmente...

Noite azul em cima do céu
Noite azul em cima de mim
Desapareceu fora da janela
Eu com minhas mãos
Escondidas debaixo de meu rosto
Eu penso no meu dia
Hoje e ontem
Eu vesti meu pijama azul
Fui direto pra cama
Eu levanto as cobertas macias
Fecho meus olhos
Eu escondo minha cabeça debaixo das cobertas
Um Pequeno Duende me Encara
Corre para mim mas não se move
Do lugar - Ele
Um Duende encarando
Eu abro meus olhos
Tiro a casca fora
Me alcance e confira (Se eu não Tenho)
De volta novamente e tudo está bem
Ainda há algo faltando
Como todas as paredes

"Afasta-o da felicidade por um tempo, e faz com que suspire de dor neste mundo cruel..."

Sybil...

26 de fev. de 2008

And I get a nosebleed, but I'll always stand up again...

Não é de hoje que isso é usado como uma espécie de alívio secreto às mais patéticas almas...sim, novamente nos mesmo assuntos bizarros...ela me perguntou qual seria a diferença entre nós duas...e simplesmente não consegui responder...mas é tão visível...não é possível que ela tenha sido séria...ela deve ter sentido aquela malícia...e quis ver a reação...


Ah! o bendito dia...era pra ser cheio de coisas alegres ? Aliás, realmente não há resposta com algum fundamento quando alguém te insulta...o jeito é sentir o peso das palavras e os sentimentos clichês de ódio que vem depois...mais tarde...junto àquela pequena lâmina, mas que nunca vai doer tanto quanto palavras.

Tudo em uma linguagem tão secreta, né? Quase ninguém percebeu que vc é uma alma bizarra tentando achar um lugar em meio ao frio e o caos...ele abriga muito bem...não tem nada a ver com ciúmes embaraçoso nem sentimento de exclusão...essa é a verdadeira doença original da alma...E não há nada mais pra dizer sobre isso...

Algumas das coisas mais comuns simplesmente não fazem sentido...e outras causam um impacto maior do que o esperado...mas o que, exatamente? tente ser mais específico...tente mergulhar no seu nauseado estômago...ou será cérebro? Aliás, hoje, quem sabe de onde vem as idéias geniais...a aristocracia de jovens patéticos...amaldiçoados, mas mesmo assim, sentem que pertencem a algum lugar...ódio, blah blah blah...

Mas apesar de tudo isso...que eu não consigo nomear...a única coisa que não é borrada e turva...são as melodias...ninguém acredita...as palavras...não conseguem pular pra fora...Gotas quentes...mas eu queria fazer parte de um mundo com espelhos reluzentes e pessoas transparentes...

Gotas queimadas;

the girl with many many sweet souls and many many sounds...
Sybil.

16 de fev. de 2008

When It's Cold I'd Like To Die...

Pois eh...só hoje eu tive a víscera de voltar aqui e re re re re...reescrever o texto q eu tinha escrito ontem, que era gigante e por causa de um erro tipicamente carnívoro (?) se esfumaçou em auréolas verdejantes (que diabo?? eu tive q escrever isso, me veio à mente, sabe) o negócio é que, tu só te sentes realmente motivado quando tu estás aqui mesmo...


Ontem eu tinha escrito sobre carne...sim!! a dúvida mortal, as afirmaçoes errôneas, os atos bruxuleantes e terríveis...que envolvem esse mundo que trata sobre vegetarianismo e carne, enfim...

Há algum tempo eu venho pensando em me tornar vegetariana...À princípio, pensei que tudo fosse resultado dos reflexos das minhas lânguidas obsessões...por um determinado homem (o qual eu não vou citar, pois é muito clichê), mas que ontem, se revelou ser um sentimento verdadeiro, tudo novamente graças à um outro homem...

Traduzindo...há alguns meses atrás, eu tive a incrível sorte de comprar um cd do Moby, (na minha bizarra viagem à Sampa...) e, não sei se existe isso, mas por um momento eu cheguei a acreditar em "predestinação musical". Mas isso já é outra história. Ao comprar esse cd do Moby, que foi o meu primeiro dele, eu tive conhecimento de que o negócio dele é techno...ou seja, não é bem a minha praia. Curiosamente, o cd vai de um extremo ao outro, ele sai de um techno e vai pra...um tipo de música que, eu não consigo distinguir. Eu fiquei arrebatada por 3 músicas desse cd, pra falar a verdade. Aliás o nome do cd é Everything is Wrong, de 1995. Tudo bem, aí a vida continuou e aquele cdzinho ficou empoeirado no meio das minhas caixinhas preciosas de cd's...Meses depois, eu entro no mundo de uma certa banda, que me levou a considerar um modo de vida sob a dieta vegtariana. Só que, como eu sempre me involvo utópicamente com as minhas bandas (que intimidade...) eu achei que essa idéia fosse só passageira; Até que, num dia, sem ter nada pra fazer, eu me deparo com o Moby e resolvo ler novamente o booklet do cd. A primeira vez que eu li, isso naquele tempo, eu tentei compreender ele, mas no fundo, eu achei o cara só mais um daqueles psicopatas radicais...que querem causar uma chacina ideológica, daquele tipo de pessoa que não serve pra outra coisa senão pra invocar a mais turva raiva de um cético modernista...

Mas dessa vez foi diferente, nada fez mais sentido ou foi mais esclarecedor do que as palavras dele, já que eu estava imersa nessa dúvida de deixar a carne ou não. Só pra começar, ele diz: "Eu olho à minha volta - eu estou digitando em um computador feito de plástico, metal e vidro, em uma mesa feita de árvores que foram derrubadas e tinta tóxica. Eu vivo em uma casa feita de madeira e tijolos que foram tirados da terra em uma rua feita de asfalto venenoso que se desenvolveu por cima de um ecossistema que demorou centenas de milhares de anos para se estabelecer." Tudo bem, que essa parte não foi a parte que realmente me motivou, mas ela realmente me abriu os olhos. O texto se segue com outras verdades e os números absurdos de animais que foram maltratados, sacrificados...

Todas as pessoas que eu mais admiro (lá vem...) no mundo da música, e pessoas em geral, tem consciência de que a forma mais saudável e menos prejudicial de se levar a vida é não comendo carne; eu posso citar Albert Einstein só pra dar uma palhinha...

Não tem nada a ver com a ideologia carnívora que diz que, "machos de verdade comem carne", ou então sobre a falta de proteínas nem nada político ou religioso. É simples...simples como dizer, se você ama os animais você não come eles. Aliás, isso nada mesmo tem a ver com religiosidade, que tanto prega o amor por todas as criações de Deus, mas e...os animais, não são criações de Deus?

Enfim, todo o mito que cerca essa história já tá bem claro pra mim agora, é claro que eu não vou bater nas pessoas nem atirar nelas, nem queimar o meu sutiã pra obrigar os outros a criarem um mínimo de consciência. Eu sei de todo aquele "blah, blah, blah...e todo mundo tem opinião própria...salve-me de gente como você...blah blah..." então, só o que a gente pode fazer, por mais errado que seja às vezes, é seguir nossas próprias convicções...Mas, eu só não vejo um propósito em comer carne, usar drogas, quando as pessoas sabem que isso vai diminuir a longevidade da vida delas...Mas, fiquemos só na parte da carne, o resto já vai me transformar em uma moralista cretina...

Ah, eu tanto falei desse cd do Moby mas no final, acabei não dizendo nada, as tais 3 músicas que me chamaram à atenção foram: "Hymn", "Into the Blue" e a melhor "When It's Cold I'd Like To Die", a primeira é linda, é instrumental e as duas últimas são cantadas pela Mimi Goese

Finalmente, espero poder publicar esse maldito texto...tinha outras coisas melhores no que eu escrevi ontem, que seja, esse pelo menos, contém a idéia original, o que já é o suficiente. Então, aqui surge uma nova vegetariana...

"I don't want to swim the ocean
I don't want to fight the tide
I don't want to swim forever
When It's cold I'd like to die..."

Links que levarão à maiores tosquices:

http://www.daisyskagirl.zip.net/

Daisy Smith Randone...

31 de jan. de 2008

Jeden Tag Sonntag


Vocês ñ tem a impressão de que...todos os dias são como um domingo? Ah, nossa, ótima maneira de começar, copiando uma frase tão batida como essa...aliás, batida só pra...pessoas mais velhas, digamos...Bom (?)

Por mais peculiar q pareça, ultimamente (e hj finalmente) tenho procurado saber algumas coisas sobre a "cena" musical dos anos 20...se é que existia alguma...Sim, o jazz...Era de Billie Holiday, Bessie Smith...É cada coisa q a gente se fissura...

Comecei a ouvir...é bem bizarro...me lembra aquelas músicas de fundos de desenhos, tipo do Pica Pau ou Tom & Jerry...É, realmente jazz...

Então?? ele estava certo, quando alguém resolve meter a cara num blog, tem q ter todo 1 roteiro ou roteiro algum, pra fazer alguma mudança...

Eu não escreveria assim há duas semanas atrás...uma manhã muda tudo, e te torna introspectivo...tudo por causa de pessoas tão gentis e com almas tão sutis...E ela ainda não percebeu de verdade...ótimo, to parecendo aquelas gurias de 9 anos de idade fofocando pela internet...

Mas é verdade....fora isso, o balanceamento ainda me persegue, literalmente...

Então, parece que o pessoal tá perdendo o gosto pela boa música...sim...lá vem euuu novamente com os meus clichês musicais infindáveis e infundáveis...(?) eu sei de todo esse blah blah blah de q todo mundo tem seu próprio gosto musical e eu até respeito isso...gosta de pagode? tudo bem...eu já fui pior...mas, agora...ofender beatles??? putz...realmente, isso é outra coisa q eu deveria dizer na presença das pessoas...

E essa de teste vocacional (eco...) a pessoa sempre faz e na maioria das vezes, dá o mesmo resultado. O meu, quase sempre é artes...rah rah!!! meu grande draminha...

Ser sarcástico e indiferente é apreciável? Como não? Eu sou a que mais falo de todo o clã...sim, o clã...

"E assim caminha a humanidade.
Se os homens te veem gemer,
Hão de pisar-te"

O clã carnívoro e covarde...Diga o que quiser mas aquilo é realmente pesado...e olha que há gente pior...eu nunca senti o peso verdadeiro de uma manhã cheia de risadinhas (até demais abafadas) e solidão. E mesmo assim, foi o suficiente pra me deixar na defensiva...o meu silêncio só traduz desprezo e consciência...de que aquilo poderia ser melhor e de que eu poderia resistir...Eles não querem te machucar, mas mesmo assim dói...

Será que eles aguentariam se tudo aquilo fosse abaixo? não é por maldade, mas eu gostaria de assistir...

Algo q eu quero muito é ver algo diferente...Alguma coisa como Shelagh Delaney, vegetarianismo, pessoas gentis...raças que não desprezem os Beatles e que preservem o ska...isso é que se chama gosto estranho viu, filha !?

"Music is life.
Live a fun one.
Listen to ska."

Ninguém se importa com bullying...
Steven, it was really something;

Daisy Randone...

http://www.daisyskagirl.zip.net/

18 de jan. de 2008

...All Art Is Quite Useless

Hoje foi um completo caos...náusea, chocolate e viagem de 3 horas por praticamente toda a cidade...Não acredito!!! eu tinha escrito um texto enorme e o meu fantástico cérebro e conhecimentos de informática arruinaram tudo...Nem me lembro mais sobre o que escrever...??...é, falta de criatividade é cruel...Talvez a minha náusea tenha algo a ver com o meu frágil estado mental...eu sempre achei que havia algo de errado, mas como tudo lá fora continua o mesmo, eu não me incomodo em sair e procurar algo pra me consertar...Aquele lugar, mais do que tudo, revela a obscuridade do ser...!!...eu tenho pavor daquela estrada e daquele céu, que, certamente, não é o mesmo da cidade...Tem toda uma malícia tempestuosa impregnada nele...Ele tem curvas em espirais, partes destacadas com um azul tão nostálgico, que não pode ser real...Então, nessa minha viagem fantástica, a cada milha que nós percorríamos, eu me sentia mais perto do meu dito "predestinado" trágico futuro, eu também sempre achei que algo bem hediondo fosse acontecer comigo, aqueles incidentes que só ocorrem com gente como eu, em lugares como o que eu estava. Eu não queria fazer parte daquele lugar...algo nele traz a náusea até à minha superfície...

Eu relacionei tudo isso ao lado "emocional" porque justo ontem, eu estava lendo algumas coisas sobre signos do zodíaco, sabe? toda aquela asneira de decanatos, ascendentes, pedras preciosas, dia da semana, misturado com macumba e o escambal. Então, justo no meu signo, dizia que; piscianos são vulneráveis e absorvem todas as energias do lugar...deve ter sido isso...uma terra coberta por perfídia...onde o cego domina e o vulgar reina...

Fora isso, tudo corre irritavelmente normal...Hoje, eu finalmente criei coragem em abrir o meu terceiro livro do Oscar Wilde; O retrato de Dorian Gray, o livro fala sobre esse rapaz que era extremamente bonito, e que despertava os mais estranhos sentimentos...eu não li ele todo ainda, mas já começou com uma daquelas introduções sublimes típicas do Sr. Wilde. O que eu queria ler dele, eram as cartas que ele escreveu quando estava em cárcere, e até mesmo o livro "De Profundis" que foi escrito na mesma época...O que fizeram com ele foi absolutamente hediondo...

No caminho até aquele lugar, eu dei um jeito de rabiscar algumas frases não tão sanas num papel de presente...Isso acontece muito, principalmente depois que eu leio algum livro ou escuto alguma música dos quais me impressionam muito. Algo que eu escrevi foi sobre um policial que pairava por uma rua logo no final da cidade. Também sobre esse sentimento de que algo horrivelmente trágico vai acontecer, sobre o meu próprio mal-estar, que eu estava sentindo na hora, e também algumas besteiras sobre o campo, flores, material mais alegre e menos duvidoso, se é que você me entende. Que é, possivelmente, o assunto menos louco e menos difícil de se escrever sobre...mas não menos surreal, o que é magnífico.

Eu fiquei meio indecisa...será que eu escrevo ou não os meus rabisco de beira de estrada? (literalmente...) mas como não há nada que me pare, fazê-lo-ei. (Nossa, a pessoa nem se acha)



"Fui executado em um dia opaco, de uma luz fosca que parecia sorver todo o pouco brilho das almas sem sentido. Suas almas eram tão joviais e despreparadas e esta é a razão pela qual suas figuras eram tão charmosas e infinitamente belas.

O nauseante futuro já se anuncia. Levaria um divino ato para fazer surgir outra bonina tão casta como esta que estais a ver agora. Com leves ondas mimosas esvoaçando meus cabelos...(lembre-se que é o eu-lírico e não eu!!) e pequenas gotas de luar em meus olhos. O vento mimoso se embalando e se perdendo dentro de minha alma."

O resto nem é merecedor de um espaço...Realmente são versos de beira de estrada, que não valeriam uma alma perdida...

Entre as várias frases que eu copiei do Retrato de Dorian Gray, aqui vai uma, que é parte do prefácio, escrito pelo próprio Oscar:

"Pode perdoar-se a um homem a criação de uma coisa útil, contanto que ele não a admire. A única justificativa para a criação de algo inútil é que ela seja admirada intensamente.

Toda arte é absolutamente inútil."
(Oscar Wilde)

Daisy Randone...

http://www.daisyskagirl.zip.net/

17 de jan. de 2008

The Leather Boys

Então...hj já postei 2 vezes, mas eu acho q esse não é o tipo de coisa que alguém quer encontrar quando visita um blog...um blog...eco...putzz...haha...Bom, eu decidi q no outro blog (linky): http://www.daisyskagirl.zip.net, eu só vou postar e comentar sobre música, livros e tudo mais, é tão novo, eu me sinto uma criançinha, toda animada...


Então, tá passando Chaves agora...hehe...eu gosto muito e por mais q eu ñ assista nem dê tanta importância quanto antes, sempre vai ter um lugar reservado...Roberto Bolaños é alguém que eu admiro muito, como eu ñ estou nem um pouco à fim, eu ñ vou começar com aquelas ironias cansativas, mas que fazem tudo ficar mais confortável, tenho q admitir.

Na época dourada da minha fixação no trabalho do Bolaños, eu fui colunista de um site que só tratava das séries, enfim, de todo o universo que rodeia ele. E, eu fiquei muito feliz por escrever sobre algo que eu gostava e ao mesmo tempo, ter gente que estava lendo. Eu recebi leves críticas, mas nada comparada aos outros colunistas, pelo menos ninguém me acusou de erros de ortografia nem nada e isso já é o suficiente pra me fazer continuar. Eu não sei o que aconteceu, ao certo. Só sei que, um dia, tudo esvaeceu, eu parei de escrever e de amar e me fascinar pelo trabalho daquele homem. Acho que a maioria das coisas é assim. Pelo menos comigo, foi. Não há nada que me prenda às outras almas, a não ser o compromisso invisível...A falsa relação de intimidade que nós pensamos criar ao nos tornarmos devotos de alguma coisa. Pra mim é muito difícil gostar de pessoas, eu me interesso mais por objetos e coisas que tem mais valor e significado do que uma alma fraca e mundana. Nossa, minha linda poesia mostrando suas versáteis facetas novamente. Eu realmente não tenho talento algum pra escrever, e é por isso que tudo sai assim, não só na escrita, mas no resto. Pra mim, não há vida, se não há o sentimento de tentar melhorar...e tentar ser mais como as pessoas que vc admira.

O fundamento da vida são as almas alheias...E como elas nascem e florescem, se tornam coisas reais, naturais e inspiradoras, que vão salvar a vida de alguém, não há futuro sem inspiração...É pra isso que as almas existem...Nossa, que profundo, você vê, que eu não consigo smplesmente escrever, seriamente. Sem dar de cara na verdade e ver que tudo é irreal e insano. Eu estou prestes à escrever um monólogo...Seria até uma tese de valor, que seria merecedora de ser defendida. O tema seria: "As almas como elemento motivador da inspiração em prol da evolução." Eu imagino a reação de quem estiver lendo. Provavelmente abismada...ou talvez entediada por ter dado de cara com outro cérebro que daqui à alguns anos se tornará um esquizóide qualquer.

Eu nunca entendi profundamente como acontece...claro, já que é preciso vivenciar e deixar rastros e pedaços da sua alma para trás, quando se quer aprender algo. Tudo tem um preço...Mas, chega uma hora em que tudo é tomado pela cólera...a doença se impregna nos ossos e constrói uma parede em volta do corpo...A doença não é má, ela tenta curar a insanidade natural dos corpos. O silêncio irrita a ignorância que, febril, não tem outra escolha a não ser se arrastar para um lugar longínquo, onde ela não mais perturbará a chama ensurdecedora da inteligência...

Sempre achei que algo estava prestes à acontecer. Nada, até agora, nem um simples momento de absoluta alucinação...pereço na normalidade enraivecedora das almas que não tem entranhas...As vísceras são desprezíveis...Em quem não queima por amor. Por vezes me ocorre, tudo vai fazer sentido em alguns anos...calma...somente mais alguns anos de entorpecentes manhãs...só mais dois anos enfrentando seus cérebros coloridos e vazios. Corações cheios da mais vil infâmia, que sufocam na própria essência de sua própria carne...Profundas almas, que levam à abismos escuros de ignorância...A luz que queima dentro em forma de vitral...desenhado na forma de duas boninas ensanguentadas...

Daisy Randone...