21 de dez. de 2008

YOU'RE MY PLAYGROUND, LOVE

I wouldn't hurt you like that, no...
sim left me alone, hurts so bad...

" 'Solitária exilada sem destino'
e por que, mesmo após os meses de
agonia
tudo continua embaçado e difícil de se
distinguir?
É mentira que somos o meio em que
vivemos,
se é que alguém já disse tal coisa...
é possível, sim, que vivas em ares
inspiradores e libertadores
e que, mesmo assim, te sintas completamente fora de órbita.
Não me atrevo a discutir os motivos
sejam eles naturais, psicológicos ou
hereditários;
...queria que fossem psicológicos
queria que o diagnóstico fosse
preocupante,
assim, teria certeza de que era "apenas"
patologia...
e não simples impulsividade e inquietação,
saudade e remorso de não sei o quê.
tenho saudades do que não disse.
do que deixei de dizer
só para ver se o tempo melhorava... "

19 de dez. de 2008

Ode a um dia de verão

queria te dizer que você é um perdedor, saukerl

e mesmo a distância não me fará esquecer disso
sonhos, os idealize. caminhos, os construa.
nada se concretizará.
porque você não passa de um miserável
e todas as cidades e florestas gritam isso
dias agradáveis de sol virão,
tardes mornas e mansas
noites que fluem e voam como mágica
e tudo parecerá curar as tuas máculas,
as malditas e pérfidas bocas que te cercam
que te assombram por sobre os tetos e muros
mas basta fechar os olhos
recolher as pontes e ductos que levam
ao mais íntimo recanto
da tua frágil alma de verme
que verás...
que não há nada de manipulado
farsas, armadilhas ou planos fatídicos
é apenas a estúpida e áspera verdade
que enferruja e contamina o ambiente
onde tudo e todos sabem:
você é apenas um perdedor, saukerl.

16 de dez. de 2008

"Que tal um beijo, Saumensch?"

auto-depreciação...acho que é uma arte...

tudo é arrependimento e mágoa neste mundo dos comuns...usual e objetivo universo...os teus pensamentos evoluem no silêncio, por entre as cinzas das tuas ruínas mas lá fora eles apodrecem e exalam um odor fétido, o odor de carne morta e primitiva...crua sensibilidade se enferruja sob olhos primários e almas que vampirizam o novo...

9 de dez. de 2008

I'm the killer of my own days...

Meu doido coração aonde vais,

No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!

Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...

Florbela Espanca...