25 de jun. de 2008

All She Wants Is Gold And Silver

A vertigem é guiada por sentidos fracos e por um corpo em frenesi anêmico...Tens vontade arrebatadora de escancarar as falsas virtudes alheias...


Como tudo não seria mais benevolente se nos refugiássemos em um cosmo interior...com versos e flores nativas de nossa própria gênese...

Lágrimas e sangue não são exatamente a mesma coisa para todos...

24 de jun. de 2008

O Sangue De Um Poeta

Talvez a intimidade estrague o que era supostamente encantado...é uma espécie de antídoto contra a idealização natural de almas estranhas...que é um veneno...


Sombras em espirais cobrem com um manto esverdeado e ganancioso a sua mente...e de que adianta escrever? patética existência...não ousa viver ou sentir o espaço ao redor

Escrituras são apenas lembranças tristes de tempos mórbidos e com um fogo abrasador...

Há a pueril tentativa de iniciar, iniciar aquilo que há muito vem queimando por dentro (gritando e rasgando de uma maneira febril, para que a tragamos para fora...), mas ao ver outros deslizando por entre hologramas belos e vitrais inspiradores, todo o estímulo e vontade se esvai como força-vida, pelo chão, pelos córregos e sarjetas mundanas da essência homo sapiens...

É uma tradição horrenda...a espera afoita e idealizada por outra alma (mais do que a sua, que supostamente completará a sua) tão generosa e suave quanto a de nossos sonhos...que paira em estradas ermas e néscias...Ó dúvida cruel! Irás, algum bendito dia encontrar teu pequeno doce pedaço de nada? Para que nele te agarres com tanta fúria, como uma sanguessuga à carne...

Foi o bastante?

15 de jun. de 2008

This Bride Of Scars...

É interessante como nos apegamos às mais bizarras formas de obsessão...não é comum encontrar uma alma deslumbrada por olhares passados...a graça que havia em ser tão comum....Enquanto hoje, morremos mil vezes tentando ser comum e não conseguimos ressuscitar do período de opulenta estranheza.


Havia de ter sido de outra forma...viverias em um tempo onde a arte não necessitava desesperadamente de palavras...apenas olhares expressivos e enigmáticos transferiam a alma da mais final flor até os olhos do espectador...e a música era uma espécie de mediadora nessa relação...

Ah, poderias ter tido o olhar revoltoso de Clara Bow...ou a face amorosa de Bebe Daniels...

Mas não, foste surgir (cair) em uma era onde tudo é leviandade de espírito...os pecados não mais são coloridos...tudo é colorido (e disso já não se distingue mais o pecado)

Ah, vaidade das vaidades...Tudo é vaidade e aflição de espírito...

13 de jun. de 2008

Comment Te Dire Adieu...?

Um drama momentâneo um tanto shakespereano...que serviria de alento para a matinê de almas ocasionalmente sádicas ou até mesmo desocupadas...cobiçosas por um brando minuto de auto-flagelação alheia...


É fascinante como a dança de uma vida de amizade se desfolha quando posta contra a parede por um punhado de simplórias palavras...malditas palavras...por que serão tão reais e tão docemente destruidoras?

É de se esperar que sua alma de origem dramática e velhaca despicasse, finalmente...

A injustiça te faz curvar como um súdito a um rei...és alma inocente de virtudes poucas...o que fazer diante da incredulidade de almas graciosas? curvar-nos ao seu regaço santo...Merecem mais do que teus rins pateticamente misantrópicos...

Vais vivendo como um saltimbanco...despertas sentimentos inanimados mas não consegues ficar...motivos fatídicos ou forças maiores te empurram para longe...