30 de jun. de 2013

Week-end Scraps

Imaginando se as janelas através das quais a luz parece entrar e se esvair são reais. o tempo voa como uma pena quando você se encontra sozinho, poderia muito bem estar encurralado dentro da sua própria mente. como você poderia saber? como você escaparia?
sua gargalhada é ansiosa e convulsiva, tentando escapar do peso insustentável que esmaga o seu crânio dia após dia.
o zumbido em seus ouvidos que parece vir de nenhum lugar
o tique-taque dos relógios aumentando e aumentando
a ansiedade que não o deixa sossegado
incapaz de se concentrar em apenas uma coisa
zilhões de pensamentos e fantasias devorando os seus neurônios
todos ao mesmo tempo, todos em um minuto
a solidão é real, muda, completamente física.
tudo o que queria era que hoje chegasse, agora ele está aqui
e eu não o suporto
quando esse dia vai acabar?




13 de jun. de 2013

I will live a life that makes you smile...

O que seria mais importante: ideias ou pessoas? os dois, eu normalmente diria, mas ultimamente eles tem aparecido como dois polos opostos na minha vida. se tenho um, perco o outro. com certeza tenho alguma parcela de culpa nesse processo (talvez menos que eu costumo atribuir), mas a questão principal é que é tão mais fácil viver a vida trancado no próprio mundinho, não dando a mínima pra opiniões alheias e ser  antiético, machista, preconceituoso e nem se tocar disso tudo. isso é muito mais fácil e cômodo do que parar e refletir (não que esse movimento tenha se dado por minha própria iniciativa)...mas no fim do dia eu me pergunto: será que toda essa mudança vale a pena? o que eu vejo é que agora eu faço parte de uma minoria ideológica, e bota minoria nisso. não quero dizer com isso, "Deus" me livre, que eu me ache intelectualmente superior a quem não pensa dessa forma, não..são modos diferentes de ver as coisas, apenas. mas sair do comodismo não é um processo fácil, é doloroso, psicotizante até..é algo que frequentemente te faz refletir se você está caminhando no lugar certo. eu olho pra trás e muitas vezes desejei, como desejo nesse momento, voltar ao passado quando as coisas não eram assim tão complicadas, quando eu não me importava tanto com uma opinião absurdamente machista, por exemplo.
Tornei-me uma chata, é o que dizem as más línguas. uma chata que gosta de discutir sobre o que vive e estuda diariamente, que gostaria de poder ter um diálogo civilizado com alguém de opinião contrária (por mais que eu tenha exagerado e muito no passado, agora percebo que não há problema nenhum em haverem opiniões contrárias) aliás, que bom que elas existem, sinal de que há muito pra se dialogar. o problema é quando cada um fica no seu canto por pensar diferente, acabando com qualquer possibilidade de resolução ou construção de saber, no momento em que se limitam a manterem as bocas e as mentes fechadas. 
Creio que essa situação não seja algo tão fora da realidade, milhares de pessoas devem ter passado por algo semelhante, mas algumas pessoas nunca vão experienciar algo assim, e não há nada de errado com isso...outro ponto que me deixa pensando e sem respostas prontas, como explicar a importância dessas ideias pra mim? porque aparentemente as pessoas podem viver suas vidas inteiras sem nunca nem arranhar a superfície desse tipo de assunto..nesse sentido, acho que o que importa, mais do que ter um determinado pensamento politicamente correto ou não, é sentir que você está fazendo a diferença de alguma forma, na sua própria vida e na dos outros. não existem respostas definitivas pra nada nessa vida! a dúvida mortal da culpa sempre vai me assombrar, assim como os "e se" que aparecem a cada esquina. preciso é achar o equilíbrio entre minhas opiniões e a interferência negativa delas sobre as opiniões das outras pessoas, e tentar não dramatizar demais a situação toda.
Depois da crise onde tudo parece desconhecido e amedrontador, eu recoloco meus pés no chão e tento reencontrar o equilíbrio. talvez tudo isso seja apenas parte de uma grande lição pela qual eu preciso passar, e eu não costumo deixar as coisas pela metade. não posso voltar atrás, como a minha fantasia nostálgica propõe a toda hora, nessa estrada não existem retornos, apenas milhas a perder de vista.

12 de jun. de 2013

you can go your own way

     um momento raro em que as lágrimas jorram das minhas faces...de alegria. a expulsão de um fantasma que vinha me atormentando já há algum tempo. é a coisa mais engraçada quando um estranho, por alguma razão misteriosa, interpreta um papel decisivo nas nossas vidas. mais engraçado ainda é o fato das palavras desse estranho, que você provavelmente nunca vai encontrar na vida, surtam mais efeito do que as palavras próximas de um amigo ou conhecido. e foi assim que esse fatídico estranho, da forma menos intencional possível, acabou, através de um emaranhado de circunstâncias que se encontraram, me liberando de uma carga tão pesada que não me permitia ver o que realmente importava.
     e...refletindo sobre tudo o que aconteceu nos últimos tempos, acho que o mais importante de tudo, nesse momento, é sentir que, apesar de todas as críticas, de toda a culpabilização, a indiferença e o sarcasmo com o intuito de ferir...mais importante que tudo isso é sentir que você está seguindo o seu próprio caminho, que pode ser compartilhado com outras pessoas, naturalmente, mas é um caminho que ninguém pode andar por você. seja ele bom, ruim, ou qualquer outro adjetivo que se encaixe, seja ele destinado a algum lugar específico, ou a lugar nenhum por enquanto! eventualmente você vai encontrar alguma coisa..porque afinal você estará seguindo por ele sob sua total responsabilidade e escolha, e ter consciência disso tende a ser extremamente libertador.
     aprende-se com as vivências que as pessoas não são mercadorias baratas e o amor que as envolve não pode ser comprado nem vendido, idem para os caminhos que cada um segue...cada um tem o seu, cada um É o seu, verdadeiramente. é uma pena que o seu tenha divergido completamente do meu e tomado uma diferente senda, mas é o jeito que as coisas precisam acontecer pra que cheguemos a algum lugar, ou no mínimo, pra que continuemos sempre andando.