24 de jun. de 2008

O Sangue De Um Poeta

Talvez a intimidade estrague o que era supostamente encantado...é uma espécie de antídoto contra a idealização natural de almas estranhas...que é um veneno...


Sombras em espirais cobrem com um manto esverdeado e ganancioso a sua mente...e de que adianta escrever? patética existência...não ousa viver ou sentir o espaço ao redor

Escrituras são apenas lembranças tristes de tempos mórbidos e com um fogo abrasador...

Há a pueril tentativa de iniciar, iniciar aquilo que há muito vem queimando por dentro (gritando e rasgando de uma maneira febril, para que a tragamos para fora...), mas ao ver outros deslizando por entre hologramas belos e vitrais inspiradores, todo o estímulo e vontade se esvai como força-vida, pelo chão, pelos córregos e sarjetas mundanas da essência homo sapiens...

É uma tradição horrenda...a espera afoita e idealizada por outra alma (mais do que a sua, que supostamente completará a sua) tão generosa e suave quanto a de nossos sonhos...que paira em estradas ermas e néscias...Ó dúvida cruel! Irás, algum bendito dia encontrar teu pequeno doce pedaço de nada? Para que nele te agarres com tanta fúria, como uma sanguessuga à carne...

Foi o bastante?

Nenhum comentário: