3 de fev. de 2013

Coincidence or Fate?

São em momentos como esse que eu me sinto mais inclinada a escrever, por mais que as palavras possam sair tortas e um tanto quanto repetitivas. Acredito que a escrita, assim como a leitura e a escuta, é altamente terapêutica, e se não tem o poder de cura - acredito que a terapia não seja miraculosa - pode pelo menos, no seu devido tempo, te levar de volta ao ponto de equilíbrio (se é que há um!) e proporcionar um lugar seguro da tempestade. Assim como na psicologia, onde as sessões psicoterápicas não funcionam como uma poção mágica, da mesma forma é no dia-a-dia, sinto dizer que tudo depende da nossa boa vontade, ou má vontade.
Independente de crenças pessoais, religiosas, profissionais, creio que todos nós já tivemos, nem que seja uma vez na vida, provas ou indícios que nos fizeram ver como a vida é engraçada, como certos "acasos" parecem ser algo além disso e como certas coisas (ou tudo?) acontece por algum motivo. Já fui muito mais supersticiosa antigamente, hoje prefiro assumir uma posição mais cética em relação às coisas, porque acima de tudo eu acredito, em parte devido ao que eu tenho aprendido como estudante de psicologia, que nenhuma situação é unilateral, por isso acho sempre importante olhar os dois ou mais lados da coisa. Deixando de divagar, que também é algo muito terapêutico, encontrei essas palavras que eu tinha escrito há mais ou menos um mês atrás, e se naquela época elas faziam sentido, agora elas soam absurdamente significativas e coincidentais:

"além de passar por um espectro imenso de emoções, o final tem como um dos objetivos, o de passar uma mensagem, além de nos deixar na beira de uma depressão profunda (desconfie de quem não foi tocado pela história nem no último minuto do filme, porque essa pessoa provavelmente seja um ciborgue), ela nos dá forças e inspira resiliência. por mais que as perdas venham, e elas virão, seja forte e tente manter a memória daquela pessoa dentro de você. realizar tudo aquilo que um dia foi planejado fazer é uma linda homenagem, dar a honra de permanecer vivo e feliz por isso é outra. acima de tudo, creio que o filme seja uma homenagem a todos aqueles que perderam pessoas, que tiveram que permanecer nesse mundo, incertos sobre se o futuro apagaria a dor ou não, mas que mesmo assim continuaram fortes e mantiveram a memória viva. a personagem é uma ode à vida, ela é a prova mais real de que nós podemos nos recuperar das perdas mais absurdas e inesperadas e continuar."

Um comentário:

Gugu Keller disse...

De acasos, sorrateiramente, disfarça-se o destino. De escolhas, sincronicamente, o que nos é preciso.
GK