24 de abr. de 2009

cemitério de pianos.

diz-se que esqueletos de pianos são como seres humanos. não estão mortos, apenas adormecidos. Ressuscitarão a qualquer momento, sob um sinal, uma luz onírica, para dar origem a novos instrumentos. diz-se que, as vidas das pessoas são como as notas de um piano desafinado tocado por um rapazote; nascem, crescem, amam, vivem, caem, dormem, morrem...

alienando-nos a um assunto mais detalhado e sem importância universal (creio), minha vida tem sido resumida a padecer sob as críticas e ordens do senso comum. logo eu, que sempre cri ser alguém que, quando crescesse, não me conformaria com o sistema decrépito e fedido. em cidades pequenas o caso só tende a piorar. posso falar isso com convicção por experiência própria: quanto menor a cidade, menor a mente. sim...em cidadezinhas minúsculas, todos parecem se importar uns com as vidas dos outros, todos têm conhecimento dos podres, pecados, paixões e dores do próximo.
um mais vazio que o outro.
e ainda! ser alvo de petulantes avaliações, de pessoas que definitivamente não mudam a sua vida...ter que aguentar isso. lições são aprendidas nos momentos mais inesperados. só o que alguém pode querer é sumir de semelhante inferno.

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