Supostamente devemos interrogar o espectro dentro de nós...o que andas fazendo? em quais dimensões estás perdido hoje? por quais almas te apaixonaste ultimamente?
E a verdade é que, sempre algo útil acaba se revelando...Mas que otimismo descarado...
Nada mais flui pelas redondezas, a não ser canções de um outro tempo, que falam sobre casas sombrias...cicatrizes eternas...e a infernal mentira que é o amor...
Aliás, por falar em amor...
Apenas uma tarde passada dentro de um quarto alugado simplesmente arruina toda e qualquer imagem que o amor se esforçou tanto em preservar por todos esses anos...
Entendo as exceções, a instabilidade do sangue novo...as pulsações proeminentes...mas, seja do jeito que for, (e foi) aquilo foi vulgar...no mínimo medíocre se deixar esvair, a própria essência, por entre mãos vis e ordinárias...Mas não há como dizê-lo...atreve-se a desfolhar-lhe o mais terno sonho de verão?
É incrível como todas as portas e portões divinos se fecham quando tentas escrever...o quão entendiante será isso?
Nós fizemos o mundo assim...
"Non, non, il n'est point d'âme un peu bien située,
Qui veuille d'une estime ainsi prostituée"
- Jean Molière -
(Não, não, não existe alma bem situada,
Que queira uma estima assim prostituída)
Tr'ra, love...