my interiors hurt like open wounds
see no way out of this drowning pain
when sunny days don't make sense no more
when my mind stumbles slowly into the facts
that can't nor will be changed or destroyed
we've lost a pure soul
and that is enough to cast a whole life into grey
tell me again for I simply cannot understand
my psychologist senses are numb, I cannot comprehend it this time
how is it that a special soul like that could have disappeared
among all that fire and death?
I hope it didn't hurt,still,
I hope you saw all the good times flashing through your eyes
saw all the love that surrounds you, because it is so much, so grand.
despite all the emptiness and the anger that pours over us right now,
your life was never in vain
there is still so much of you alive in here, in us, believe me when I say,
your dreams and your spirit go on, until the end.
nothing will die, remember that!
I'm writing this because I believe, I know
that you're at somewhere, and that someday
we'll meet again
all of us.
30 de jan. de 2013
29 de jan. de 2013
O Brilho Eterno das Lembranças
É tempo em que a morte passa pelas redondezas e me faz uma visita, novamente. Na teoria é fácil aceitar que perdas e morte são mais do que parte da vida, um acontecimento pelo qual todos nós vamos passar, mais dia menos dia. Lendo textos sobre o tema é fácil de pensar a morte como algo normal do desenvolvimento humano, algo que devemos simbolizar e eventualmente superar. É fácil, em um curso de psicologia, entender o luto como a morte de um objeto no qual depositamos nossas energias libidinais e do qual agora precisamos nos desligar, fazendo com essas catexias fluam para um novo objeto. É também momento de morte de uma parte do nosso próprio ego.
Na vida real, como todos sabem, as coisas se desenrolam de uma forma bem diferente. Ninguém jamais vai se lembrar de palavras lidas em um livro quando se está mergulhado em sua própria dor. Não há nada que importe menos ou que seja mais inaceitável do que a ideia da naturalidade da morte, quando perdemos alguém querido.
Nada daquilo faz sentido, é necessário que se repita o fato mentalmente várias vezes seguidas, pra que se acredite nele realmente..o pior de tudo é acordar no dia seguinte, e nos milhares de dias seguintes e perceber que a realidade é uma só, e não há possibilidade de retorno, apenas dor e nostalgia. E você se pega pensando: para onde foram essas pessoas tão importantes? não faz sentido que alguém com tantos sonhos e coisas a oferecer e realizar tenha se esvaído completamente. O que acontece com os sonhos e as paixões dessas pessoas depois que elas se vão? Pra mim não existe nada mais absurdo e sem sentido do que caminhar por um cemitério em uma manhã ensolarada, quando nós deveríamos estar pensando em outras coisas, planejando outras coisas além de lágrimas e dias cinzentos. Momento em que deveríamos estar planejando a próxima ocasião em que ficaríamos juntos, nosso ritual sagrado de amizade que já se repetia há anos..porque, o que seria a amizade senão um ritual do qual participamos de bom grado?
Isso tudo me faz lembrar a mensagem de um certo filme que eu adoro muito, e que por essa específica razão significa algo de muito profundo pra mim. O que realmente importa quando perdemos alguém é não se deixar consumir pela dor. É claro que é impossível não se sentir despedaçado e pensar que nada jamais fará sentido novamente, mas e aí que precisamos encontrar um refúgio da tempestade e lembrar que aquela pessoa pode sim continuar viva através de nós e de nossas ações. Fazer jus à memória daquela pessoa, que com certeza, onde quer que ela esteja, gostaria que você seguisse sendo forte e vivesse sua vida ao máximo. Dessa forma, a existência daquele ser querido não terá se transformado em uma fumaça vazia e os seus sonhos não terão sido em vão. Eu acredito que a matéria orgânica se vai pra sempre, mas deixa muitas marcas e lembranças boas às quais podemos nos segurar nos momentos difíceis.
Resumindo, podemos manter no presente o que está no passado.
Na vida real, como todos sabem, as coisas se desenrolam de uma forma bem diferente. Ninguém jamais vai se lembrar de palavras lidas em um livro quando se está mergulhado em sua própria dor. Não há nada que importe menos ou que seja mais inaceitável do que a ideia da naturalidade da morte, quando perdemos alguém querido.
Nada daquilo faz sentido, é necessário que se repita o fato mentalmente várias vezes seguidas, pra que se acredite nele realmente..o pior de tudo é acordar no dia seguinte, e nos milhares de dias seguintes e perceber que a realidade é uma só, e não há possibilidade de retorno, apenas dor e nostalgia. E você se pega pensando: para onde foram essas pessoas tão importantes? não faz sentido que alguém com tantos sonhos e coisas a oferecer e realizar tenha se esvaído completamente. O que acontece com os sonhos e as paixões dessas pessoas depois que elas se vão? Pra mim não existe nada mais absurdo e sem sentido do que caminhar por um cemitério em uma manhã ensolarada, quando nós deveríamos estar pensando em outras coisas, planejando outras coisas além de lágrimas e dias cinzentos. Momento em que deveríamos estar planejando a próxima ocasião em que ficaríamos juntos, nosso ritual sagrado de amizade que já se repetia há anos..porque, o que seria a amizade senão um ritual do qual participamos de bom grado?
Isso tudo me faz lembrar a mensagem de um certo filme que eu adoro muito, e que por essa específica razão significa algo de muito profundo pra mim. O que realmente importa quando perdemos alguém é não se deixar consumir pela dor. É claro que é impossível não se sentir despedaçado e pensar que nada jamais fará sentido novamente, mas e aí que precisamos encontrar um refúgio da tempestade e lembrar que aquela pessoa pode sim continuar viva através de nós e de nossas ações. Fazer jus à memória daquela pessoa, que com certeza, onde quer que ela esteja, gostaria que você seguisse sendo forte e vivesse sua vida ao máximo. Dessa forma, a existência daquele ser querido não terá se transformado em uma fumaça vazia e os seus sonhos não terão sido em vão. Eu acredito que a matéria orgânica se vai pra sempre, mas deixa muitas marcas e lembranças boas às quais podemos nos segurar nos momentos difíceis.
Resumindo, podemos manter no presente o que está no passado.
"[...] When will the heart be aweary of beating?
And nature die?
Never, oh! never, nothing will die;
The stream flows,
The wind blows,
The cloud fleets,
The heart beats,
Nothing will die."
And nature die?
Never, oh! never, nothing will die;
The stream flows,
The wind blows,
The cloud fleets,
The heart beats,
Nothing will die."
Alfred Lord Tennyson.
14 de jan. de 2013
Tell me what you see
Sim, ultimamente tenho deixado trechos de livros e melodias falarem em meu lugar, e sim, isso se dá devido a minha falta de tempo em vir aqui e escrever algo que tenha saído dos meus próprios pensamentos (que aliás, nunca serão apenas originalmente meus). Sim, essa música reflete um estado de espírito bastante recorrente pra mim, algo que diz da nossa solidão incondicional nesse mundo, apesar de toda a coletividade e o companheirismo. Lembrei agora que em algum filme que eu vi nos últimos tempos (e acredite, eu vi o suficiente deles pra começar a embaralhar todos os roteiros, diálogos e personagens incríveis nos quais tenho esbarrado) a mocinha contava um episódio em que estava sentada com seu namorado/marido/whatever no escuro, apenas à luz de uma vela, e ela disse a ele que ela se sentia como aquela vela, sozinha no meio de toda a escuridão do mundo, mesmo quando estava rodeada de pessoas, ao que o mocinho levantou, pegou outra vela, acendeu-a e colocou-a do lado da outra vela metaforizada. Realmente não me lembro de qual filme essa cena simples e linda saiu, de qual cabecinha mirabolante de algum diretor/roteirista/ator insano ela veio, mas aí é que está a beleza das coisas, não é verdade? aquele momento poético que geralmente nunca acontece em segundas-feiras como essa, em que você percebe o quanto as pessoas são loucas e incríveis e como é maravilhoso saber que você está no lugar certo, com as pessoas certas, por mais que todos sejamos apenas velas solitárias na escuridão de um quarto, todas tateando às cegas, procurando por outra velinha para compartilhar o silêncio, procurando por um apoio..
"All I want is someone who can fill the holeIn the life I knowIn between life and death when there's nothing leftDo you wanna know?You come in on your ownAnd you leave on your ownForget the lovers you've knowAnd your friends on your own."
29 de dez. de 2012
Looking for Alaska
"Shhhh", she said. "I'm sleeping".
Just like that. From a hundred miles an hour to sleep in a nanosecond. I wanted so badly to lie down next to her on the couch, to wrap my arms around her and sleep. Not fuck, like in those movies. Not even have sex. Just sleep together, in the most innocent sense of the phrase. But I lacked the courage and she had a boyfriend and I was gawky and she was gorgeous and I was hopelessly boring and she was endlessly fascinating. So I walked back to my room and collapsed on the bottom bunk, thinking that if people were rain, I was drizzle and she was a hurricane.John Green.
22 de out. de 2012
if you can believe your eyes and ears..
Difícil mesmo é encarar o gritante fato de que a nostálgica infância há muito tempo se foi e agora você é alguém maduro; alguém cujas atitudes esperam-se que sejam razoáveis e firmes..isto é, alguém que precisa dar à sociedade bem mais do que é capaz de dar, mantendo-se em dívida pendente todos os dias. o homem endividado toma conta de nossas vidas, assume o controle de nossos sonhos e idealizações, nos assusta em pesadelos com a sua voracidade e ansiedade irrefreáveis. Ser o melhor, em tudo. Chegar a tempo, ser o primeiro, ser sortudo, pegar o melhor lugar, ser o mais eloquente, o mais saudável, o mais normal, o mais enquadrado. Não há necessidade de dizer que quem não segue à risca estes regulamentos ou quem não dá a importância devida, será prontamente segregado, sem prévio aviso nem previsão de retorno.
E eu pergunto: onde ficam os modestos, os introvertidos, os "na sua" nesse cenário? simplesmente não há lugar para discrição..as pessoas querem te ver despido de qualquer pudor social, querem o seu coração e as suas tripas expostas pra que possam examiná-las e julgá-las conforme leis pré-estabelecidas. ao invés de pensar, temos que produzir. não se pode mais permanecer em silêncio sem que te julguem como desprovido de opinião, precisa-se gritar a plenos pulmões cada pensamento que lateja sem cessar.
De onde vem esse desejo insaciável por emoções genuínas? esse culto à exposição, à constante transformação do dia-a-dia em um desses reality shows cheios de sentimentos baratos e mentes fúteis?! será que, de novo, vamos colocar a culpa no impiedoso "sistema" que nos aprisiona, no capitalismo selvagem que tomas os corações alheios transformando-os em máquinas de última ponta ? talvez. mas nesse caso, o problema vai mais além. Creio que o motivo disso tudo seja o verdadeiro empobrecimento do interior de cada um de nós. Como não temos mais espaço, nem permissão para termos nossos próprios sentimentos, independentes de coerções externas, acabamos procurando-os em subjetividades alheias, que nos proporcionem o prazer prostituído das sensações.
O filme "O Show de Truman" ilustra muito bem essa situação..mostra como seres humanos podem chegar ao extremo da antiética e explorar inescrupulosamente toda a existênca de uma pessoa. Tudo por uma busca frenética por sentimentos verdadeiros, algo que certamente estava se perdendo em suas próprias vidas.
E eu pergunto: onde ficam os modestos, os introvertidos, os "na sua" nesse cenário? simplesmente não há lugar para discrição..as pessoas querem te ver despido de qualquer pudor social, querem o seu coração e as suas tripas expostas pra que possam examiná-las e julgá-las conforme leis pré-estabelecidas. ao invés de pensar, temos que produzir. não se pode mais permanecer em silêncio sem que te julguem como desprovido de opinião, precisa-se gritar a plenos pulmões cada pensamento que lateja sem cessar.
De onde vem esse desejo insaciável por emoções genuínas? esse culto à exposição, à constante transformação do dia-a-dia em um desses reality shows cheios de sentimentos baratos e mentes fúteis?! será que, de novo, vamos colocar a culpa no impiedoso "sistema" que nos aprisiona, no capitalismo selvagem que tomas os corações alheios transformando-os em máquinas de última ponta ? talvez. mas nesse caso, o problema vai mais além. Creio que o motivo disso tudo seja o verdadeiro empobrecimento do interior de cada um de nós. Como não temos mais espaço, nem permissão para termos nossos próprios sentimentos, independentes de coerções externas, acabamos procurando-os em subjetividades alheias, que nos proporcionem o prazer prostituído das sensações.
O filme "O Show de Truman" ilustra muito bem essa situação..mostra como seres humanos podem chegar ao extremo da antiética e explorar inescrupulosamente toda a existênca de uma pessoa. Tudo por uma busca frenética por sentimentos verdadeiros, algo que certamente estava se perdendo em suas próprias vidas.
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